quarta-feira, 20 de julho de 2011

Despedida do TREMA

Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema. Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüíferos, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos.
Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...
O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. O dois pontos disse que sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.
Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele Ç cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K e o W, "Kkk" pra cá, "www" pra lá.
Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo de medo". Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...
Nós nos veremos nos livros antigos. Saio da língua para entrar na história.

Adeus,
Trema

domingo, 5 de junho de 2011

NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

O novo acordo ortográfico da lingua portuguesa, aprovado no Brasil pelo Decreto Legislativo n. 54, de 18 de abril de 1995 e, em vigor desde primeiro de janeiro de 2009, introduziu algumas alterações na ortografia de nossa lingua.
Eis um resumo das alterações:

Alfabeto
• Nova Regra: O alfabeto agora é formado por 26 letras
• Regra Antiga: O ‘k’, ‘w’ e ‘y’ não eram consideradas letras do nosso alfabeto.
• Como Será: Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano
Trema
• Nova Regra: Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano
• Regra Antiga: agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, frqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça
• Como Será: aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça.
Acentuação
• Nova Regra: Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas
• Regra Antiga: assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico
• Como Será: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico
Observações:
• nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.
• o acento no ditongo aberto ‘eu’ continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.
• Nova Regra: O hiato ‘oo’ não é mais acentuado
• Regra Antiga: enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo
• Como Será: enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo
• Nova Regra: O hiato ‘ee’ não é mais acentuado
• Regra Antiga: crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem
• Como Será: creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem
• Nova Regra: Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas
• Regra Antiga: pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra (substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo)
• Como Será: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo)
Observação:
• o acento diferencial ainda permanece no verbo ‘poder’ (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo – ‘pôde’) e no verbo ‘pôr’ para diferenciar da preposição ‘por’
• Nova Regra: Não se acentua mais a letra ‘u’ nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de ‘g’ ou ‘q’ e antes de ‘e’ ou ‘i’ (gue, que, gui, qui)
• Regra Antiga: argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe
• Como Será: argui, apazigue,averigue, enxague, ensaguemos, oblique
• Nova Regra: Não se acentua mais ‘i’ e ‘u’ tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo
• Regra Antiga: baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme
• Como Será: baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume
Hífen
• Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por ‘r’ ou ‘s’, sendo que essas devem ser dobradas
• Regra Antiga: ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidae, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível
• Como Será: antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível
Observação:
• em prefixos terminados por ‘r’, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.
• Nova Regra: O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal
• Regra Antiga: auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado
• Como Será: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado.
Observações:
• esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.
• esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por ‘h’: anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.
• Nova Regra: Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.
• Regra Antiga: antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico
• Como Será: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico
Observações:
• esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen
• uma exceção é o prefixo ‘co’. Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal ‘o’, NÃO utliza-se hífen.
• Nova Regra: Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição
• Regra Antiga: manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento
• Como Será: mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, parachoque, paravento
Observação:
• o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.
O uso do hífen permanece
• Em palavras formadas por prefixos ‘ex’, ‘vice’, ‘soto’: ex-marido, vice-presidente, soto-mestre
• Em palavras formadas por prefixos ‘circum’ e ‘pan’ + palavras iniciadas em vogal, M ou N: pan-americano, circum-navegação
• Em palavras formadas com prefixos ‘pré’, ‘pró’ e ‘pós’ + palavras que tem significado próprio: pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
• Em palavras formadas pelas palavras ‘além’, ‘aquém’, ‘recém’, ‘sem’: além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto
Não existe mais hífen
• Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais): cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc.
• Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa.
Consoantes não pronunciadas
Fora do Brasil foram eliminadas as consoantes não pronunciadas:
• ação, didático, ótimo, batismo em vez de acção, didáctico, óptimo, baptismo
Grafia Dupla
De forma a contemplar as diferenças fonéticas existentes, aceitam-se duplas grafias em algumas palavras:
• António/Antônio, facto/fato, secção/seção.

domingo, 1 de maio de 2011

As Melhores Crônicas dos alunos da Turma 174

Diego Queiroz
Eu, minha família e uma televisão.

Em uma linda manhã de domingo estávamos indo para a casa dos meus avós almoçar.Chegando lá, nós vimos uma confusão por causa da televisão. Minha prima queria ver novela, minha tia queria ver um filme, meus primos queriam jogar vídeo game, meu primo caçula queria ver Barney e como se não bastasse grita a minha avó dizendo que a novela já havia começado, do outro lado gritam meus tios dizendo que o futebol também começara.
Eu, enrolado na história, não sabia o que fazer. Fui para o terraço e fiquei jogando bola e chutei a bola tão forte que bateu na antena, caindo o sinal da televisão. Pronto, o pessoal quase me matou de tanta raiva, mas o estrago já estava feito. Então,todos passaram o dia inteiro conversando e desligaram a televisão. Foi um dia maravilhoso! Contamos piadas, falamos da novela e do futebol... Mas o que ninguèm sabe é que depois, com outra bolada que eu dei na antena, a televisão voltou a funcionar...


Maycon de Oliveira
Encher a paciência

Um dia eu e meu amigo telefonamos para uma casa, para passar um trote:
- Alô! Posso falar com a Juliana?
- Quem está falando? - respondeu a mãe dela.
- É um colega de trabalho " erdfujr"!
- O quê? Respondeu ela.
- Potoco, mas tia espera, ela está?
- Vou chamá-la.
- Mas... tia espera é que "dhfjuke".
- O quê?
- Potoco!... Tia, calma, espera. Ela está aí?
- Não entendi!
- Potocooo...
Então, a tia chama a Juliana.
- Alô!- respondeu ela.
- Oi Juliana, o trabalho...
- Que trabalho?
- Potoco! Mas espera, o trabalho que você vai...
- Hamm?
- Potoco!
- Hamm?
- Potoco!
- O quê?
- Potoco.
- Potoco? - respondeu ela.
- É sim, beijo, tchau.
(Outro dia vamos perturbar ela novamente...)

Guilherme dos Santos
Pamonhas, uma, duas, várias vergonhas!

Como um doce tão maravilhoso, pode ser vendido tão vulgarmente?! É, Vocês saberão de que doces eu estou falando com o desenrolar da história.
Em pleno sábado de Julho, fazia um frio terrível, que até o sol dormia, pois ainda era nove horas da "madrugada"!
Estava em casa, com minha mãe, dormindo o lindo e maravilhoso sonho dos justos, quando fomos acordados bruscamente por um cidadão que gritava:
-Pamonhas! Pamonhas quentinhas! Pamonhas feitas de puro milho!
Só que além de dar gritos escandalosos, o cidadão tinha a mania de puxar a secreção do nariz, também alto, em horrível som.
Minha mãe, por sua vez, ficou indignada com o porcalhão pois, além da falta de higiene, o transporte não é um dos melhores: uma Brasília amarela, ano 1936, com o cano de descarga arrastando no chão. Não sei o que era pior: o barulho do microfone, do nariz ou do cano de descarga arrastando no chão.
Enfim, o cidadão foi embora com sua lata velha e nos deixou em paz.
No fim do mês, fui a um passeio com as crianças da igreja onde congrego (Magé).
Adivinha quem estava lá quando chegamos?
- Pamonhas!Pamonhas quentinhas e fresquinhas, feitas do puro milho!
É! Até aqui ele me perseguiu.
Essa Brasília vai longe!


Gabriel Lima
Brinquedo não merece castigo.

Sei lá onde meu pai aprendeu uma frase que não é muito popular: " É de pequenino que torce o pepino". Ele dizia essa frase quando queria fazer alguma correção em mim ou em meu irmão, quando montávamos verdadeiros campos de batalha. E por falar em guerra, o meu pai se empenhou durante trinta anos na disciplina militar, rigorosa, justa, valente, na verdade um verdadeiro líder, na verdade um verdadeiro pai. Pai de disciplina, pai que corrige, mas um verdadeiro pai de amor. Certa vez, ele me ensinou que brinquedo não pode ficar de castigo. Um belo dia, depois de uma discussão com meu irmão, surge o mediador entre nós dois e diz:
- "É de pequenino que torce o pepino" e com uma voz de autoridade diz:
- A partir de hoje vocês não são mais pequenos, pequenos são os seus brinquedos.
A partir daquele dia, quem ficava de castigo era nossos brinquedos. Toda vez que arrumávamos encrenca, era penalizada a bola, com um dia de castigo, ninguém podia tocar-lhe, assim se repetia com a bicicleta, com os carrinhos e outros brinquedos mais. Com o passar do tempo, eu e meu irmão chegamos à seguinte conclusão: Brinquedo não pode ficar de castigo. Então, paramos de arrumar confusão e nossos brinquedos nunca mais ficaram de castigo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.

Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
Ao coração que sofre

E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;

E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar.

Olavo Bilac

Inconfesso Desejo

Queria ter coragem
Para falar deste segredo
Queria poder declarar ao mundo
Este amor
Não me falta vontade
Não me falta desejo
Você é minha vontade
Meu maior desejo
Queria poder gritar
Esta loucura saudável
Que é estar em teus braços
Perdido pelos teus beijos
Sentindo-me louco de desejo
Queria recitar versos
Cantar aos quatros ventos
As palavras que brotam
Você é a inspiração
Minha motivação
Queria falar dos sonhos
Dizer os meus secretos desejos
Que é largar tudo
Para viver com você
Este inconfesso desejo

Carlos Drummond de Andrade

NÃO DEIXE O AMOR PASSAR

Quando encontrar alguém e esse alguém fizer seu coração parar de funcionar por alguns segundos, preste atenção: pode ser a pessoa mais importante da sua vida.
Se os olhares se cruzarem e, neste momento,houver o mesmo brilho intenso entre eles, fique alerta: pode ser a pessoa que você está esperando desde o dia em que nasceu.
Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo for apaixonante, e os olhos se encherem d’água neste momento, perceba: existe algo mágico entre vocês.
Se o primeiro e o último pensamento do seu dia for essa pessoa, se a vontade de ficar juntos chegar a apertar o coração, agradeça: Deus te mandou um presente: O Amor.

Por isso, preste atenção nos sinais - não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem cego para a melhor coisa da vida: O AMOR.

Carlos Drummond de Andrade


"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos,na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável. O sofrimento é opcional".

Carlos Drummond de Andrade

Eu estou com dúvidas

1ª) TEM ou TÊM ou TEEM? VEM ou VÊM ou VEEM ou VÊEM?

Se você costuma ter esse tipo de dúvida ou já perdeu seu tempo com esse problema, observe o esquema abaixo:
1) Grupo do CRÊ-DÊ-LÊ-VÊ:
Os verbos CRER, DAR, LER e VER são os únicos que na 3ª pessoa do plural terminam em –EEM. Não esqueça que perderam o acento circunflexo, segundo o novo acordo ortográfico:
Ele crê – eles creem;
Ele dê – eles deem (=presente do subjuntivo);
Ele lê – eles leem;
Ele vê – eles veem.
Essa regra também vale para os verbos derivados:
Ele relê – eles releem;
Ele prevê – eles preveem.
2) Dupla TER e VIR:
Na 3ª pessoa do singular, não há acento gráfico; na 3ª pessoa do plural, terminam em –ÊM. Esse acento circunflexo para distinguir o plural do singular foi mantido, segundo o novo acordo ortográfico:
Ele tem – eles têm;
Ele vem – eles vêm.
3) Verbos derivados de TER e VIR: DETER, RETER, MANTER, CONVIR,
PROVIR, INTERVIR…
Na 3ª pessoa do singular, tem acento agudo; na 3ª pessoa do plural, tem acento circunflexo. Isso já era assim antes do acordo ortográfico (os acentos foram mantidos):
Ele detém – eles detêm;
Ele intervém – eles intervêm.
Cuidado!
“É preciso que vocês contem tudo.” (=verbo CONTAR);
“A garrafa contém gasolina.” (=verbo CONTER – 3ª pessoa do singular);
“As garrafas contêm gasolina.” (=verbo CONTER – 3ª pessoa do plural);
Outro perigo:
“…que eles provem…” (=verbo PROVAR, no presente do subjuntivo);
“…ele provém…” (=verbo PROVIR, na 3ª pessoa do singular);
“…eles provêm…” (=verbo PROVIR, na 3ª pessoa do plural);
“…eles proveem…” (=verbo PROVER, na 3ª pessoa do plural);
Para não esquecer:
“Eles vêm “ (=verbo VIR);
“Eles veem” (=verbo VER).

2ª) HINDU ou INDIANO?

Quem nasce na Índia é indiano. Hindu é o seguidor do Hinduísmo. Não devemos confundir nacionalidade com religião. Confusão semelhante ocorre com JUDEU e ISRAELENSE. Quem nasce em Israel é israelense. Judeu é relativo ao povo, à raça, e não à nacionalidade.

3ª) GUARDA-CHUVAS ou GUARDAS-CHUVAS?

Quando o primeiro elemento da palavra composta for verbo, somente o substantivo vai para o plural: guarda-chuvas, salva-vidas, porta-bandeiras, arranha-céus, quebra-molas, tira-gostos, beija-flores, bate-bocas…
É importante não confundir guarda-chuva com guarda-civil. Em guarda-civil, guarda é substantivo. Temos um substantivo e um adjetivo (=civil). Nesse caso, os dois vão para o plural: guardas-civis, guardas-noturnos, guardas-florestais…
Quando guarda for verbo (de guardar = proteger), somente o segundo elemento (= substantivo) vai para o plural: guarda-chuvas, guarda-roupas, guarda-louças, guarda-sóis…
No caso de guarda-costas, o problema é que a palavra costas (dorso, parte posterior) só apresenta a forma plural: “Estou com dor nas costas”. Costa, no singular, é a zona litorânea: “É linda a costa brasileira”. Assim sendo, você pode ter um guarda-costas ou vários guarda-costas.
Outra observação importante é lembrar que a forma para, do verbo parar, segundo o novo acordo ortográfico, perdeu o acento agudo: ele para. Como perdeu o acento, mas não deixou de ser verbo, a regra do plural continua valendo: para-raios, para-lamas, para-brisas, para-choques, para-sóis…
Cuidados!
a) Segundo o novo acordo ortográfico, há exceções quanto ao uso do
hífen. Devemos escrever sem hífen: mandachuva, passatempo, girassol, paraquedas, paraquedismo, paraquedista…
b) Não podemos confundir a forma para (do verbo parar), que perdeu o
acento agudo mas não o hífen (fora as exceções): para-lama, para-brisa, para-raios (mas paraquedas, paraquedismo, paraquedista) com o prefixo para (= próximo, semelhante), que nunca teve acento gráfico nem hífen: paranormal, paramédicos, paramilitares, parapsicologia, paraolimpíadas…

Se agora não tem mais dúvidas então vocês têm dividas.

Você entende sobre locuções verbais ?

Em locuções verbais, devemos usar o infinitivo impessoal (=não
se flexiona):
“Os deputados DEVEM ANALISAR o caso na próxima semana.”
“Os contribuintes PODERÃO, a partir da próxima semana, PAGAR antecipadamente o IPTU.”
Observe que, nas locuções verbais, temos uma oração. O verbo auxiliar é o que concorda com o sujeito.

2) Em orações reduzidas, usamos o infinitivo pessoal (=concorda
com o sujeito):
O professor trouxe o livro PARA EU LER (=para que eu lesse)
PARA TU LERES
PARA ELE LER
PARA NÓS LERMOS
PARA VÓS LERDES
PARA ELES LEREM
Nesse caso são duas orações. “O professor trouxe o livro” é a oração principal. A segunda oração é reduzida de infinitivo.
Observe o exemplo a seguir:
“Houve uma ordem / PARA OS PRÓPRIOS FUNCIONÁRIOS CADASTRAREM OS CONTRIBUINTES.”
Esquema de fixação:
Locução verbal = verbo auxiliar + infinitivo impessoal
(=não se flexiona);
Oração principal + oração reduzida de infinitivo
(pessoal = concorda com o sujeito)
Dúvida do leitor:
“Os técnicos estão aqui PARA RESOLVER ou RESOLVEREM o problema?”
São duas orações. “Os técnicos estão aqui” é a oração principal e “para resolver(em) o problema” é reduzida de infinitivo. Aqui são duas orações, mas o sujeito é o mesmo (eles = os técnicos). Como o sujeito do infinitivo está oculto (eles), alguns autores consideram um caso facultativo, outros afirmam que é um caso de infinitivo não flexionado. Em geral, a preferência é pelo SINGULAR:
“Os técnicos estão aqui PARA RESOLVER o problema.”
Observe mais exemplos:
“Duas novas ruas foram abertas / para FALITAR o acesso.”
“Usineiros e representantes estarão em Brasília / para PRESSIONAR o governo federal.”
É interessante observar que, na 1ª pessoa do plural, todos preferem o infinitivo não flexionado: “Nós saímos / para ALMOÇAR”. Ninguém diria: “Nós saímos para almoçarmos.”
Observe, agora, os casos abaixo:

1) Se o sujeito estiver claramente expresso, a concordância é
obrigatória:
“Trouxeram os sanduíches / para NÓS ALMOÇARMOS no escritório.”

2) Quando o infinitivo desempenha a função de complemento,
usamos a forma não flexionada (=singular):
“Os paulistanos foram obrigados A PASSAR quatro horas no saguão do aeroporto.”
“A falta de informação leva outros meninos A FAZER a mesma coisa todos os dias.”
“A lei proíbe os brasileiros DE FUMAR na ponte aérea.”
“Os músicos foram impedidos DE PARTICIPAR de qualquer tipo de trabalho em discos.”

3) Quando o verbo for de ligação (=SER, ESTAR, FICAR,
TORNAR-SE…) ou estiver na voz passiva, a concordância é facultativa, mas a preferência é o PLURAL:
“Elas tiveram que suar muito PARA SE TORNAREM as campeãs.”
“Elas têm que malhar muito PARA FICAREM magrinhas.”
“O TSE liberou duas das quatro parcelas PARA SEREM DIVIDIDAS por 26 partidos.”
“O porta-voz francês informou que as medidas A SEREM TOMADAS contra o terror são iguais às da Inglaterra.”

4) O verbo no plural enfatiza o agente em vez do fato. Em caso de
ambiguidade, preferimos o plural para evitar a dúvida:
“Presidente liberou seus ministros PARA SUBIREM em palanque.” (=quem vai subir em palanque são os ministros, e não o presidente).

segunda-feira, 28 de março de 2011

Conhecendo um pouquinho do Sr "Plural".

Qual é o plural de BARZINHO? Barezinhos ou barzinhos?
Se você desejar o plural de uma palavra no diminutivo (=com sufixo ZINHO ou ZITO), deverá seguir a seguinte regra:
1º) Ponha a palavra primitiva no plural:
PAPEL > PAPÉIS
BALÃO > BALÕES
FLOR > FLORES
2º) Acrescente o sufixo do diminutivo (=zinho, zinha, zito), passando a desinência do plural (=”S”) para depois do sufixo:
PAPÉI (S) + ZINHO + S = PAPEIZINHOS
BALÕE (S) + ZINHO + S = BALÕEZINHOS
FLORE (S) + ZINHA + S = FLOREZINHAS
Observe que os acentos gráficos (=agudo e circunflexo) não são necessários no diminutivo porque a sílaba tônica é a antepenúltima (=ZI): papeiZInhos.
Observe também que o til permanece pois não é acento (= é sinal de nasalização): balõeZInhos.
Vejamos mais alguns exemplos:
ANIMALZINHO > ANIMAIZINHOS
CORAÇÃOZINHO > CORAÇÕEZINHOS
ALEMÃOZINHO > ALEMÃEZINHOS
ALEMÃZINHA > ALEMÃZINHAS
Assim sendo o plural de BARZINHO seria BAREZINHOS. Atualmente, devido ao uso consagrado, já é perfeitamente aceitável a forma BARZINHOS. Isso vale para as palavras terminadas em “R”: florezinhas ou florzinhas, mulherezinhas ou mulherzinhas, melhorezinhos ou melhorzinhos…

2ª) CHAPÉUS ou CHAPÉIS?

O certo é CHAPÉUS.
a) As palavras terminadas em ÉU fazem plural em ÉUS (=com a
desinência “S”): TROFÉU = TROFÉUS; FOGARÉU = FOGARÉUS; RÉU = RÉUS.
b) As palavras terminadas em EL fazem plural em ÉIS: PAPEL =
PAPÉIS; PASTEL = PASTÉIS; ANEL = ANÉIS.
Essa diferença deve ser observada no plural do diminutivo:
CHAPÉU > CHAPÉU (S) = CHAPEUZINHOS;
PASTEL > PASTÉI (S) = PASTEIZINHOS.
Regra semelhante se aplica às palavras terminadas em AU e AL:
DEGRAU = DEGRAUS (AU > AUS);
ANIMAL = ANIMAIS (AL > AIS).

quinta-feira, 24 de março de 2011

Tirando dúvidas

1ª) ONDE ou AONDE?

ONDE indica “em algum lugar” e AONDE, “a algum lugar”:
“Esta é a rua ONDE mora a família Costa.” (=a família Costa mora NA rua);
“Este é o cinema AONDE fomos ontem à noite.” (=fomos AO cinema);
“ONDE estou?” (= quem está está EM algum lugar);
“AONDE você vai?” (=quem vai vai A algum lugar).

2ª) VER ou VIR?

Um aluno quer saber se a frase a seguir está certa ou errada: “Onde você ver uma parede torta ou um carro com lataria ondulada…”
O certo é: “Onde você VIR uma parede…”
Nessa frase, devemos usar o verbo VER no futuro do subjuntivo:
quando eu VIR
tu VIRES
ele VIR
nós VIRMOS
vós VIRDES
eles VIREM.
A frase “Quando a gente se ver de novo” é típica da linguagem popular-coloquial. Segundo a língua padrão, devemos usar: “Quando nós nos VIRMOS de novo.”

3ª) Vossa Excelência DEVE ou DEVEIS viajar?

VOSSA EXCELÊNCIA, como qualquer pronome de tratamento (=VOSSA SENHORIA, VOSSA ALTEZA, VOSSA MAJESTADE, VOSSA SANTIDADE…), faz a concordância na 3ª pessoa. É igual a VOCÊ.
Portanto, o certo é:
Vossa Excelência DEVE viajar.
Em “Vossa Excelência deve comparecer com vossos convidados à reunião do dia 20. Estamos a vosso dispor para mais esclarecimentos”, ocorre outro desvio de concordância. Se o verbo concorda com Vossa Excelência na terceira pessoa, os pronomes também devem ficar na terceira pessoa. Assim sendo, o correto é: “Vossa Excelência deve comparecer com seus convidados à reunião do dia 20. Estamos a seu dispor para mais esclarecimentos”.

Entendendo a Srª "Preposição"

Coitada da preposição! Como é maltratada! Quando não é mal usada, é esquecida.
Em nossas rádios, é frequente ouvirmos:
“Esta é a música que o povo gosta.”
Quem não gosta sou eu. Ora, se quem gosta gosta de alguma coisa, o certo é: “Esta é a música de que o povo gosta.”
Se você achou estranho ou feio, há outra opção:
“Esta é música da qual o povo gosta.”
Você decide qual pronome relativo vai usar, mas não esqueça a preposição.
Erro semelhante ocorre num anúncio de uma famosa marca mundial:
“Esta é a marca que o mundo confia.”
Eu perdi a confiança! A regência do verbo CONFIAR exige a preposição em. O certo é: “Esta é marca em que o mundo confia.”
Outro exemplo errado ocorre em cartas comerciais:
“Segue anexo o documento que você se refere em sua última carta.”
O verbo REFERIR-SE pede a preposição a. O certo é: “Segue anexo o documento a que você se refere em sua última carta.”
Mais um: “E o Flamengo acabou perdendo o gol que tanto precisava.” Pelo visto, não precisava tanto. Ou o gol seria ilegal. Se quem precisa precisa de alguma coisa, o certo é: “E o Flamengo acabou perdendo o gol de que tanto precisava.”

DICA

Se você quer saber se deve usar preposição antes dos pronomes relativos, aplique o seguinte “macete”:
“Esta é a quantia ___ que dispomos para o investimento.”
Todo pronome relativo (=que) tem um antecedente (=quantia).
Ponha o antecedente no fim da oração seguinte (=que dispomos para o investimento) > “…que dispomos DA QUANTIA para o investimento” (=você descobriu a preposição DE )
Ponha a preposição (=DE) antes do pronome relativo:
“Esta é a quantia de que dispomos para o investimento.”
Vamos testar o “macete” em outros exemplos:
“Isto só ocorre nesta sociedade ___ que vivemos.”
Pronome relativo = QUE; antecedente = sociedade;
“…vivemos NA SOCIEDADE.” (preposição = EM);
“Isto só ocorre nesta sociedade EM QUE vivemos.”
“O fato ___ que fizemos alusão não é recente.”
Pronome relativo = QUE; antecedente = o fato;
“…fizemos alusão AO FATO.” (preposição = A )
“O fato A QUE fizemos alusão é recente.”
“Os dados ___ contamos são insuficientes.”
Pronome relativo = QUE; antecedente = os dados;
“…contamos COM OS DADOS.” (preposição = COM);
“Os dados COM QUE contamos são insuficientes.”
“Aqui está o livro ___ que compramos ontem.”
Pronome relativo = QUE; antecedente = o livro;
“…compramos ontem O LIVRO.” (sem preposição);
“Aqui está o livro QUE compramos ontem.”

segunda-feira, 14 de março de 2011

REDAÇÕES DA TURMA 184

Gabriel da Silva

Quem falar que piorou é hipócrita! Pois, até onde me lembro os programs antigamente eram muito mais apelativos, só pensavam em audiência – não que os programas sejam um luxo mas, são muito mais bonitos e modernos, até mesmo na menor emissora do país os cenários não são ruins.
Tanto que o SBT nunca teve tanto telespectador das classes A e B pois, melhorou sua programação em conteúdo – embora não tenha nenhuma programação estável...


Rafael Teixeira

Atualmente os programas aos domingos são muito ruins, nenhum programa me prende para ficar assistindo com minha família e a qualidade dos programas são péssimos. Aos domingos não assisto muita televisão, penso que os programas aos domingos deveriam ter canais educativos para todos, principalmente para adolescentes, porque existem pessoas que não têm condições financeiras para colocar canais fechados e nos outros à tarde, só passa futebol e programas de auditório que não acrescentam nada.
Com isso, a maioria das pessoas ficam sem informações e orientações importantes, fazendo com que a população perca a prática de raciocinar.

REDAÇÕES DA TURMA 174

Guilherme dos Santos

Os programas de domingo. Ver ou não ver? Eis a questão.

Observamos que a mídia não está preocupada em fazer programas educacionais de entretenimento que promovam o crescimento e a inteligência, ou ao menos que façam o telespectador pensar em moral e respeito.
Hoje, a preocupação é com a audiência, como o que está na moda, mesmo que firam os conceitos familiares.
É normal nós ligarmos a televisão em um dia de domingo, onde normalmente as famílias estão reunidas, e ouvirmos palavrões, ver pessoas seminuas, danças indecentes, etc.
Concluímos que em toda esta confusão, que o melhor mesmo é passear ou ler um livro e assim aproveitarmos mais um dia de domingo.

Ana Clara Miquelito

Programação de baixa qualidade.

De toda a programação semanal, o domingo é o dia que possui menos opções. Todos os canais oferecem basicamente o mesmo tipo de programação.
Só há espaço para humor bobo, mundo das celebridades, resumo das notícias da semana, realização de sonhos e apelo sexual. Dificilmente se vê cultura, educação, cidadania, informações importantes.
Então, a televisão, principalmente aos domingos, deixa de ser um poderoso meio de comunicação e passa a ser um meio de entretenimento de baixa qualidade. Em especial, para os pobres, que não possuem muitas outras opções.

Gabriel Lima

A programação de televisão aos domingos

A programação das várias redes de televisão normalmente têm uma mesma roupagem, diferindo muito pouco entre si, até mesmo porque vivem uma disputa acirrada ponto a ponto para conseguirem cada vez mais subirem no IBOPE. Quanto mais assistirem, elevam a pontuação da emissora. A programação diária não difere muito no seu dia a dia, porém os programas de domingo recebem uma dose a mais de humor, de esporte, ainda mais quando ocorre a copa do mundo ou os compeonatos estaduais, ou o brasileirão. Os programas buscam prender as famílias em frente à televisão o tempo rodo informando e divertindo. A rede Globo age de maneira muito inteligente quando não abre mão do “Fantástico”, às oito horas da noite, com uma diversificação bastante rica com reportagens, entrevistas e matérias quase sempre de interesse de todas as famílias, com isso ela pretende encerrar o final de semana de descanso do brasileiro deixando sempre algo a se comentar na segunda-feira, quando se começa tudo de novo.

domingo, 6 de março de 2011

REDAÇÕES DOS ALUNOS DA TURMA 164

Antônio Otávio

Falar sobre os programas de televisão aos domingos é fácil pois, é sempre a mesma coisa e sem criatividade. Meu pai ao ver televisão no domingo, não tem muitas opções pois, muda de canal várias vezes, até achar algo que nossa família possa ver.
Minha família sempre procura assistir os programas que nos ensinem alguma coisa, um programa que nos divirta e traga alegria, um programa que nos faça dialogar, pensar e refletir.
Às vezes assistimos um pedacinho de um, um pedacinho de outro e assim vamos vendo o que nos agrada.
As pessoas envolvidas em preparar um programa de televisão deveriam se preocupar com união familiar, os valores e as atitudes.
O mundo em que vivemos precisa se preocupar em proteger e amar ao próximo.



Letícia Santos

Apesar de não gostar de assistir televisão, as poucas vezes que sento para assistir programas aos domingos, sinto-me decepcionada com os programas apresentados.
As programações são muito parecidas. Alguns programas de auditório com suas fofocas, competições, realizações de sonhos impossíveis, transformações, etc.
Também têm alguns programas humorísticos sem graça.
A televisão brasileira precisa qualificar mais seus programas aos domingos, porque é o dia que as famílias se reunem para assistirem juntos televisão. Seria importante termos programas mais educativos que sirvam para toda família.



Yasmin Vilar

Domingo, dia de descanso para muitos, porém, com tanto tempo sem fazer nada, só nos resta ver televisão. Começa a grande maratona para tentar assistir um programa de qualidade. Infelizmente, com tanto comercial e programas que repetem a mesma coisa, mudando só os canais, deixa o público desamparado e sem nada para fazer de qualidade.
As notícias são as mesmas, o programa de fofoca, jornais maquiados tentando e até conseguindo persuadir seu público a aceitar tudo que é mostrado como grandes manipuladores. Só não entendo uma coisa: Por que os programas bons são passados muito cedo?



Julia Campos

É difícil falar sobre os programas aos domingos, porque em geral, de segunda a segunda, os programas não são nada educativos. Há tempo que, aos domingos, são sempre as mesmas coisas, principalmente na TV Globo. Hoje em dia virou moda copiar programas que dão maior audiência e assim vai de emissora a emissora (resumindo, tudo igual) até as reportagens exibidas não são mais aquelas. O jornalismo, quando não acontece nada de novo,fica atrás para falar de animais ou outras coisas fúteis, sem importância.
O que importa agora são programas, comerciais, etc... que falam de sexo e pornografias. Mulheres seminuas até para fazer comercial de pasta de dente... aos domingos, onde todos estão em casa. Principalmente, o pobre que não tem dinheiro e então fica mais pobre com esta cultura mal representada no nosso país.

quarta-feira, 2 de março de 2011

CRÍTICA

Do grego kritiké: que significa: “ Arte de Julgar ”

1 – Juízo apreciativo, seja do ponto de vista estético (obra de arte), seja do ponto de vista lógico (raciocínio), ou ponto de vista intelectual (filosofia ou cientifica), seja de uma concepção, de uma teoria, de uma experiência ou de uma conduta.
2 – Atitude de espirito que não admite nenhuma afirmação sem reconhecer sua legitimidade racional.
Diferente do espirito crítico, ou seja, racional atitude de espirito negativo que procura denegrir as opiniões ou ações das outras pessoas.
3 – Na filosofia, a crítica possui o sentido de analise.

Fonte Dicionário Básico de Filosofia
Hinton Japiasser
Danilo Marcondes
Editora Jorge Zahar Editor

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O que é a língua para a linguística? Qual diferença de língua e linguagem?

Olá, caríssimos,

Assim como a vida é o objeto de estudo da biologia, a língua é, a
princípio, o objeto de estudo da linguística. Dependendo de como cada
subramo da linguística encara o fenômeno linguístico, temos diferentes
aspectos da língua sendo ressaltados e outros não. Assim, a morfologia
estuda a estrutura dos vocábulos e os processos de formação desses
vocábulos. A fonologia não está interessada na estrutura das palavras,
mas na natureza dos fonemas que constituem o significante dessas
palavras. A semântica já não privilegia nem a estrutura, nem os sons
da língua, mas o significado que as palavras e frases apresentam
dentro ou fora do contexto. A sintaxe só preocupa com as regrasque
conbinam as palavras em frases e textos, sem se preocupar com a forma
interna das palavras, ou sua constituição sonora, ou mesmo o
significado das palavras tomado isoladamente. A pragmática estuda os
fatores da situação em que a mensagem é enunciada e como eles
contribuem para a formação dos enunciados e textos. A linguística
textual estuda os modos de construção dos textos em geral; a
linguística aplicada articula a linguística e outras ciências social
no que elas contribuem para o ensino de línguas, por exemplo. A
linguística geral, que é o que vocês devem estudar sempre, estuda
todas as línguas como realizações diferentes de um mesmo fenômeno.
Trata-se de uma teoria aplicável a qualquer língua. Os princípios
gerais descobertos pela linguística geral devem ser conhecidos de
todos os pesquisadores que atuam na morfologia, sintaxe, semântica e
muitas outras áreas da linguística. Claro que tudo isso é bem genérico
e didático. Há lingüistas mais ortodoxos, por exemplo, que não
reconhecem a linguística textual ou aplicada como ramos da
linguística, por partirem de pontos de vista epistemológicos
diferentes. Vocês é que devem, aos poucos, escolher o campo de estudos
em que desejam se aprofundar. Por ora, é preciso ter mente aberta para
as várias possibilidades de estudo e pesquisa.

Com relação à segunda pergunta, a língua como
"sistema de signos vocais". Essa é apenas uma de milhões de definições
de língua. Em primeiro lugar, é preciso saber o que é um "sistema".
Imagine que eu quero vender um palio para um de vocês. Um aluno se
interessa pelo carro, concorda com valor pedido, faz o pagamento e
espera o recebimento do carro. Pois bem. Esse aluno, por confiar
demais no professor, simplesmente não vistoriou o carro antes de
comprá-lo. O que ele recebeu foi uma caixa enorme contendo todas as
peças do carro. E ainda reclamou: "mas, professor, o carro tá todo
desmontado na caixa! Não foi isso que eu comprei!". Então o professor
tem o direito de redarguir: "claro que foi isso que você comprou!. Nós
combinados de eu te vender um palio e foi o que eu fiz!". Realmente o
professor foi meio malicioso, mas o aluno, apesar da surpresa, não
tinha muito do que reclamar. De fato, um carro foi vendido. O problema
é que esse carro não constituía um "sistema". Logo, sistema, em
sentido amplo, é um conjunto de unidades que cooperam para a
realização de uma tarefa específica. As peças de um carro não são um
sistema, porque precisam estar montadas, precisam interagir umas com
as outras para que exista um carro, e não um emaranhado de peças. A
tarefa específica desse carro é transportar pessoas, né? Pois é. Se as
peças não estiverem todas articuladas umas com as outras, esse sistema
carro não pode realizar a tarefa específica para a qual foi
idealizado.

Assim também acontece com a língua. Pensemos as peças do carro como
sendo os signos da língua. Os signos se relacionam uns com os outros
para a produção de frases e textos. Assim, enquanto as peças do carro
se articulam umas com as outras para fim de servir como meio de
transporte, os signos da língua se articulam entre si para servirem de
meio de comunicação.

É importante frisar que se pode estudar a língua sem o propósito da
comunicação. Quando se estuda morfologia, por exemplo, vemos as formas
dos verbos, dos pronomes, dos advérbios, sem necessariamente estarmos
diante de frases completas que serviriam a um propósito de comunicação
efetiva entre emissor e receptor. Daí a necessidade de distinguirmos
língua de linguagem. A linguagem aparece como uma "capacidade". Seria uma habilidade, um dom, uma propriedade da espécie humana de pôr em prática toda uma gama de regras de sintaxe, de conbinação de fonemas em morfemas, de morfemas em palavras, de palavras em enunciados, de enunciados em textos em geral. Assim como o motorista, que, pelo menos, teria a habilidade de dirigir, ou seja, de pôr em ação o sistema que é um carro, o falante de qualquer língua teria a capacidade de pôr em prática outro sistema que é a língua. É claro que motorista e falante têm propósitos diferentes. O primeiro
usa de um sistema para o fim de locomoção, o segundo usa de outro
sistema para o fim de comunicação. Quando nos referimos às unidades da
língua, sem nos preocuparmos com a comunicação, estamos estudando a
língua, conhecendo a língua. Quando nos preocupamos com a língua em
ação, em determinada situação comunicativa, estamos estudando a
linguagem. Temos então o estudo da linguagem da propaganda, da
linguagem literária, da linguagem jornalística, da linguagem dos fora
da lei, da linguagem dos italianos radicados no interior de São Paulo
etc etc etc..... Todas essas linguagem são o uso específico de algo
mais geral: a língua portuguesa. A linguagem, seria a capacidade de usar a língua. Assim como o motorista tem a capacidade de usar um carro, o falante tem a capacidade de usar a língua. Há várias outras definições da linguagem.

Há quem considere a linguagem como sendo o produto da nossa capacidade
de usar a língua, e não a capacidade em si mesma. A linguagem
jornalística seria, por exemplo, o conjunto de características típicas
dos textos redigidos nesse tipo de linguagem. A linguagem literária
seria o conjunto de características típicas dos romances, contos e
novelas e assim por diante.

(MAD)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

"Não fiz o melhor, mas fiz tudo para que o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas não sou o que era antes".

(Martin Luther King)

Sinto sua Falta

Amanhece o dia...
Eu me levanto de uma noite mal dormida.
Todos falam que o dia está lindo
mais não vejo nada de anormal.
Passo o dia ou passo eu pelo dia.

Chega o entardecer...
O sol se põe
uma brisa suave toca minha pele,
parece que tem algo a dizer.
Talvez queira me confortar
ou apenas me fazer lembrar
tardes felizes que passei ao seu lado.
Quando tinha você ao meu lado
tudo era poesia
tudo era belo.
Os perfumes das rosas se misturavam ao seu
a brisa soprava seus cabelos num lindo afago
o calor do sol se perdia no brilho do seu olhar
tudo é bonito quando você ao meu lado está.
Vejo o sol, as rosas, sinto a brisa, mas ao meu lado,
você já não esta.

Anoitece...
E chega à hora de dormir...
Na cama meu corpo reclama sua falta.
Na noite escura de um quarto vazio,
Peço a Deus conforto,
pra passar mais uma noite mal dormida...
Sem você ao meu lado está.

(MAD)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Saberes Necessários à Prática Educativa

"O princípio da diversidade consiste em admitir que as pessoas podem ser iguais e, ainda assim, ter atitudes e práticas diferentes."  (Herbert de Souza)